quinta-feira, 11 de agosto de 2011

*Descoberta arqueológica “de tirar o fôlego” segundo os estudiosos leva-nos às nossas origens cristãs.




Uma antiga coleção de 70 livros pequenos, cada um com 5 a 15 páginas de chumbo, pode desvendar alguns segredos dos primórdios do cristianismo.(foto)
Para os estudiosos de religião e de história, trata-se de um tesouro sem preço. Ziad Al-Saad, diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia chegou a dizer que pode ser a “descoberta mais importante da história da arqueologia”.
Embora ainda estejam divididos quanto à sua autenticidade, especialistas acreditam que trata-se da maior descoberta da arqueologia bíblica desde que foram encontrado os Rolos do Mar Morto, em 1947.
Os livros foram descobertos há cinco anos em uma caverna em uma região remota da atual Jordânia. Acredita-se que pertenciam a cristãos que fugiram após a queda de Jerusalém no ano 70 dC. Documentos importantes do mesmo período já foram encontrados no mesmo local.
Testes iniciais indicam que alguns desses livros de metal datam do primeiro século. A estimativa é baseada na forma de corrosão que atingiu o material, algo que especialistas acreditam ser impossível reproduzir artificialmente. Quando os estudos forem concluídos, esses livros podem entrar para a história como alguns dos primeiros documentos cristãos, antecedendo até mesmo os escritos atribuídos ao apóstolo Paulo.
A doutora Margaret Barker, ex-presidente da Sociedade de Estudos do Antigo Testamento, explica: “O livro do Apocalipse fala de um livro selado que seria aberto somente pelo Messias. Outros textos da época falam sobre livros de sabedoria selados e de uma tradição secreta transmitida por Jesus aos seus discípulos mais próximos. Esse é o contexto dessa descoberta. Sabe-se que, pelo menos em duas ocasiões, grupos de refugiados da perseguição em Jerusalém rumaram para o leste, atravessaram a Jordânia, perto de Jericó e foram para a região onde esses livros agora foram achados.”
Para ela, outra prova de que o material é cristão e não judaico é o fato de os escritos estarem em formato de livros, não de pergaminhos. “Os cristãos estão particularmente associados com a escrita na forma de livros. Eles guardavam livros como parte de uma tradição do início do cristianismo… Caso se confirmem as análises iniciais, esses livros poderão trazer uma luz nova e dramática para a nossa compreensão de um período muito significativo da história, mas até agora pouco conhecido.”
Ela refere-se ao período entre a morte de Jesus e as primeiras cartas do Apóstolo Paulo.

Há referências históricas a alguns desses acontecimentos, mas quase nenhum material deixado por quem realmente vivenciou o surgimento da igreja cristã.
Fonte: Pavablog
Veja imagens:




Local da descoberta, Na Jordânia
Local da descoberta, Na Jordânia

Egito antigo


O EGITO: IMPÉRIO ANTIGO

Quando Jacob chegou ao Egito, já pôde ver as pirâmides, construídas entre cinco a sete séculos antes.
Abraão também as deve ter visto durante a sua estadia no Egito (Génesis 12). As grandes pirâmides de Gizé foram construídas num curto espaço de tempo de intensa actividade, durante o reinado de três faraós da quarta dinastia (meados do 3º milénio a.C.). antes, no inicio da 1ª dinastia, Menes, um monarca do Alto Egito, conquistou todo o território e reuniu as duas partes do Egito num só e único reino. Mandou construir uma nova
capital em Mênfis, no limite entre o Alto e o Baixo Egito, um pouco mais a sul do Cairo. Ele chamou ao seu palácio “Faraó” (ou “Casa Branca”), termo que rapidamente se tornou o título atribuído aos soberanos egícios. Gize foi escolhida como local de sepulturas. Os túmulos reais tornaram-se cada vez maiores até formar as grandes pirâmides da 4ª dinastia.
Uma vista impressionante: Gizé, com as suas
pirâmides e as suas esfinges.
As seis primeiras dinastias (uma mudança na família reinante significa uma mudança de dinastia) reinaram desde Mênfis sobre um reino próspero e cuja influência se fez sentir até ao Sul, na Núbia, e até à Palestina através do Sinai, a Nordeste. Os historiadores modernos falam do Império Antigo. As dinastias que se seguiram desde então até à época de Cristo evocam esta época como sendo a mais representativa da cultura egípcia clássica. As gerações seguintes tentaram, com ou sem sucesso, suplantá-la no aspecto da ideologia religiosa e no sentido artístico.
A construção das pirâmides começou na terceira dinastia. No decorrer da 5ª e da 6ª dinastia, o seu tamanho começou a aumentar, enquanto que o poder dos reis parecia diminuir. Depois, a sua construção parou.
O Império Médio.
Pintura encontrada em Béni Hassan:
uma caravana de semitas chega ao
Egito (1890 a.C.).
Depois deste período de confusão, uma família poderosa tomo o poder em Tebas, no Alto Egito. Ela conseguiu unificar o país e reinou durante dois séculos, mais ou menos, de forma muito menos tirânica do que os monarcas do Antigo Império. Muitos indícios levam a pensar que havia uma burocracia importante, possuidora de um poder considerável. Não é impossível que Abraão tenha entrado no Egito nesta época, fingindo que a sua esposa era sua irmã, na esperança de salvar a sua própria vida (Génesis 12). Numa pintura encontrada num túmulo em Béni Hassan poder ver-se uma pequena caravana semita (de Palestinianos), que se dirige para o Egito com os seus jumentos carregados, mulheres e crianças. Nada permite afirmar que se tratava de Abraão e da sua família, mas o quadro ajuda-nos a imaginar a cena. Mesmo que “um manto com mangas” seja uma tradução melhor para “a túnica multicolor” de José, as roupas coloridas e as barbas dos visitantes deviam contrastar com as vestes brancas e as caras barbeadas do Egípcios. Os homens transportam armas e apetrechos provavelmente utilizados na metalurgia. Será que se trata de ferreiros itinerantes?
Os Hicsos.
Relevo monstrando asiáticos (Sírios, Líbios, ...)
que fazem pedidos a um alto dignitário.
Testos do final do Império Médio fazem menção de um importante afluxo de semitas. Esta imigração foi de tal ordem que se tornou necessário construir fortificações entre o Golfo de Suez e o Mediterrâneo, a fim de controlar a situação. Os semitas já presentes no Egipto tinham provavelmente exercido uma influência negativa tão grande na economia do Egito que se seguiu um novo período de decadência.
Os semitas, provavelmente cananeus do Delta, tiraram proveito da confusão para se apoderarem do poder no Delta e numa parte do Alto Egito. Eles receberam o nome de Hicsos e foram profundamente odiados pelos egícios. Estes Hicsos conseguiram manter o poder durante 150 anos.
O relato do sucesso de José no Egipto enquadra-se bem com esta época em que os Hicsos estavam no poder. Nesta altura, numerosas caravanas faziam transportes entre a Palestina e o Egito, como os Midianistas mencionados no relato bíblico. Neste clima, um semita como José podia mais facilmente adquirir um importante poder político, visto que os Hicsos eram bastante favoráveis aos semitas, “estrangeiros” como eles. É impensável que um rei que não fosse Hicso tivesse dado tantas terras à região de Gosen. Os Egícios eram camponeses que desprezavam tanto os pastores como os patriarcas.
Machado cerimonial, mostrando Amósis a expulsar
um inimigo vencido. Terá sido ele que
expulsou os Hicsos.
O relato bíblico referente a José menciona vários objectos e costumes que encontramos nos textos egípcios. Assim, os objectos utilizados na coroação de José (Génesis 41:42) são os símbolos da função de primeiro-ministro. Isso corresponde ao que a Bíblia nos relata: José estava em segundo lugar depois do soberano. Como primeiro-ministro, ele tinha a responsabilidade da vida quotidiana no Egipto, enquanto que o faraó determinava as grandes directrizes. É essa responsabilidade de José que a Bíblia nos descreve. A história bíblica de José corresponde com precisão ao tipo de governo que existia no Egito nesse período.
No século dezasseis antes de Cristo, Tebas tornou-se cada vez mais poderosa. Conseguiu por fim expulsar os Hicsos, que foram perseguidos e vencidos a Sul da Palestina, na batalha de Saruchen, no deserto de Neguev. Os tebanos tomaram o poder no Egito, e, por terem aversão a todos os semitas, alteraram drasticamente o estatuto dos Israelitas que ficaram no Egito: estes tornaram-se escravos. O “faraó que não conheceu José” fez provavelmente parte desta nova dinastia

PAPIRO P52

Ficheiro:P52 recto.jpg
 
O Papyrus P52 da Biblioteca de Rylands, conhecido como o fragmento de São João, é um fragmento de papiro exposto na Biblioteca de John Rylands, Manchester, Reino Unido.




Escrito em Grego, o papiro contém parte do Evangelho segundo João, sendo que na frente contém partes do capítulo 18 e versículos 31-33, e no verso, os versículos 37-38.



Embora Rylands P52 seja aceito geralmente como registro canônico, ainda não há um consenso entre os críticos sobre a datação exata do papiro. Alguns historiadores afirmam que o papiro com o texto do Evangelho de João (18:31-33,37-38), teria sido escrito entre o período de 100 a 125 d.C.. Outros argumentam que o estilo da escrita, leva a uma data entre o anos 125 e 160 d.C..



Independentemente destas diferenças, o manuscrito foi amplamente aceito como o texto mais antigo de um evangelho canônico, tornando-se assim, o primeiro documento que cronologicamente refere-se a pessoa de Jesus. De qualquer modo, o papiro que conta parte da história de Jesus de Nazaré, remonta há poucos anos após a morte de seu discípulo João, escritor do Evangelho que leva este nome.

A ARQUEOLOGIA BÍBLICA NOS ÚLTIMOS ANOS DEIXA ATEUS SEM PALAVRAS

Massada
Maioria das mais importantes descobertas arqueológicas relacionadas aos relatos das Sagradas Escrituras ocorrem nos últimos 70 anos.
No final do ano passado, próximo ao Natal, uma equipe de arqueólogos divulgou ter encontrado ruínas de uma residência na cidade de Nazaré, no norte de Israel, datada da época de Jesus. O mês passado, foi a vez de outro grupo de arqueólogos anunciar a descoberta de uma rua de mais de 1,5 mil anos, utilizada por peregrinos cristãos, na cidade velha de Jerusalém. Tratam-se de duas grandes descobertas, em um período curto de tempo, que estão relacionadas ao relato histórico da Bíblia Sagrada ou à história da Igreja.
Mas, esses acontecimentos recentes são apenas uma pequena amostra da efervescência da Arqueologia
Bíblica nos últimos anos. Simplesmente, devido ao maior número de investimentos e recursos para essa área nas últimas décadas, especialmente depois do estabelecimento do Estado de Israel e do inicio das intensas actividades dos arqueólogos judeus, a maioria das mais importantes descobertas arqueológicas relacionadas aos relatos das Sagradas Escrituras ocorreram nos últimos 70 anos. Tais descobertas, inclusive, derrubaram a maioria das argumentações usadas pelos cépticos para contestar a historicidade dos relatos bíblicos. Vejamos, a seguir, apenas alguns dentre centenas de exemplos que poderiam ser listados.
O Evangelho de Lucas fala sobre o nascimento de Cristo mencionando um censo decretado por Cirénio, governador da Síria (Lc. 2:2). No final do século 20, arqueólogos descobriram um Cirénio com o seu nome gravado em uma moeda que o coloca como procônsul da Síria e Cilícia de 11aC a 4aC, época do nascimento de Cristo, conforme destaca o arqueólogo John McRay, em sua obra Archaeology and the New Testament (Grand Rapids, Baker Book House, 1991, págs. 154 e 385).
 Além disso, o arqueólogo Randall Price lembra que “o censo de Cirénio, também mencionado por Lucas em Actos 5:37, tem numerosos paralelos em formulários de censo de papiro que datam do 1º século aC ao 1º século dC”(Arqueologia Bíblica, CPAD, pág.259). Price cita como exemplos o Papiro Oxirrinco 255 (48dC) e o Papiro 904 do Museu Britânico (104dC), que ordenam o retorno compulsório de pessoas ao local onde nasceram para levantamento de censo, da mesma forma com o em Lucas 2:3-5.
Restos de Cirénio.
Herodes é citado como rei da Judeia na época do nascimento de Cristo (Mt. 2). Hoje, sabe-se que Herodes, o Grande, reinou na Judeia de 37aC a 4dC. As ruínas de um dos seus palácios, o chamado Heródium, recentemente exposto em fotos que circularam por todo o mundo, começaram a ser escavadas desde 1973 pelo arqueólogo judeu Ehud Netzer, e comprovam o perfil do infame rei. Netzer, inclusive, é famoso por ter encontrado em 1996, em Massada, o nome e título do rei Herodes em um rótulo de vinho datado de 73dC. “A inscrição em latim tem três linhas, forma padrão encontrada em tais inscrições. A primeira linha é uma data e indica o ano em que o vinho foi feito. A segunda linha dá o lugar e o tipo específico do vinho, e na última linha temos o nome ‘Herodes, Rei da Judeia’”, contou Netzer em entrevista publicada na revista israelita Eretz, edição de Setembro/Outubro de 1996.
Casa de Caifás
Outro personagem da narrativa da vida de Cristo cuja existência foi comprovada arqueologicamente é o sumo-sacerdote Caifás que, hoje se sabe, foi líder do Sinédrio de 18dC a 36dC. Foi ele que presidiu o julgamento de Jesus e é várias vezes citado (Jo. 11:49-53; 18:14 e Mt. 26:57-68). Foi no pátio da casa de Caifás que Pedro traiu Jesus (Mt. 26:69-75). Essa casa foi encontrada por acidente em Novembro de 1990, quando trabalhadores estavam construindo um parque aquático na Floresta da Paz em Jerusalém, ao sul do elevado onde os judeus afirmam ser o monte do Templo.
O local encontrado foi identificado como sendo a casa de Caifás porque ali foram encontrados 12 ossários de calcário e, entre eles, simplesmente o ossário contendo os restos mortais do sumo - sacerdote. Randall Price relata a descoberta: “Um dos ossuários era requintadamente ornamentado e decorado com rosáceas detalhadas. Obviamente pertencera a um patrono rico ou de alta posição que poderia dar-se ao luxo de possuir tal caixa. Na caixa havia uma inscrição. Lê-se em dois lugares Qafa e Yehosef bar Qayafa, que significa ‘Caifás’ e ‘José, filho de Caifás’. O Novo Testamento refere-se a ele apenas como Caifás, mas Josefo apresenta o nome completo: ’José, que era chamado Caifás, o sumo - sacerdote’. Dentro havia os ossos de seis pessoas diferentes, inclusive de um homem de 60 anos, provavelmente Caifás” (Arqueologia Bíblica, CPAD, pág. 267).
Finalmente outro personagem contemporâneo de Jesus cuja historicidade foi comprovada arqueologicamente é Pilatos (Jo.18:36-37 e 19:12-15, 21-22). Sabe-se hoje que a residência oficial de Pilatos era em Cesareia Marítima, cidade litoral do Mediterrâneo. Em 1961, quando o governo italiano patrocinava escavações no teatro romano de Cesareia, foi descoberta uma placa de pedra de 60cm por 91cm trazendo o nome de Pilatos. Hoje conhecida como Inscrição de Pilatos, a laje é, segundo especialistas, um autêntico monumento do primeiro século que havia sido remodelado no quarto século para a construção do teatro romano. De acordo com eles, Trata-se de um monumento para dedicação de Pilatos a um Tibérium – um templo para adoração ao imperador romano Tibério César, que governou durante o mandato de Pilatos na Judeia.
Inscrição de Pilatos
A Inscrição de Pilatos está em quatro linhas, é escrita em latim e apresenta o título “Pôncio Pilatos, governador da Judeia”, exactamente o mesmo título encontrado em Lucas 3:1. “Esse foi o primeiro achado arqueológico que menciona Pilatos e mais uma vez testemunha a precisão dos escritos bíblicos. Esse entendimento de tais mandatos oficiais indica que os autores viveram durante a vigência do seu uso e não um século ou dois depois, quando tais mandatos teriam sido esquecidos”, destaca Randall Price.
Com o passar dos séculos, muitos lugares e cidades citadas na Bíblia durante o ministério de Jesus foram descobertos, comprovando mais uma vez a historicidade do relato bíblico. Um desses lugares foi o Tanque de Betesda, lugar do milagre da cura de um paralítico por Jesus (Jo. 5:1-15). Ele foi encontrado em 1903 na Jerusalém Oriental por Fathers White, e é datado do terceiro século aC, o que comprova o relato bíblico de que o tanque já era um tradicional e lendário local de ritual de cura na época de Jesus.
Sinagoga de Cafarnaum
Outro lugar descoberto foi a Sinagoga de Cafarnaum, antiga cidade natal do profeta Naum (Cafar significa aldeia) e lugar onde Jesus desenvolveu boa parte do seu ministério. Ao lado do Mar da Galileia, onde se encontrava a cidade, foi encontrada em 1983 uma sinagoga do primeiro século, com paredes de basalto preto. A descoberta foi divulgada pela conceituada revista Biblical Archaeology Review, edição de Novembro/Dezembro de 1983. Foi nessa sinagoga que Jesus operou muitos milagres. (Mt. 8:5-13 e Lc. 7:1-10).
Em Cafarnaum também foi encontrada uma casa datada do primeiro século. O detalhe é que as suas paredes são tão estreitas que não aguentariam um telhado de alvenaria. Descobriu-se em seguida, que os telhados das casas da região eram, na época, de ramos de madeira recobertos com terra batida. Tais telhados encaixam-se perfeitamente com a descrição bíblica do telhado de uma casa em Cafarnaum na época de Jesus, uma vez que a passagem bíblica afirma que foi cavado um buraco no tecto rapidamente para descer um paralítico até onde Ele estava (Mc. 2:4). A descoberta foi publicada também na Biblical Archaeology Review, edição de Setembro/Outubro de 1993.
Restos de Besaida
Em 1989, perto de Cafarnaum, foi descoberta Betsaida, cidade natal de Pedro, Felipe e André (João. 1:44 e 12:21). Ali foram encontradas, em escavações do arqueólogo israelita Rami Arav, evidências de uma indústria pesqueira, com muitas âncora e anzóis, o que está de acordo com a narrativa bíblica. Tais descobertas foram relatadas por Arav no livro A City by the North Shore of the Sea of Galilee, publicado em inglês pela Thomas Jefferson University Press em 1995.
Em 1993, foi descoberta a Estrela de Tel Dan. Trata-se duma pedra de basalto escuro que menciona a “Casa de David”, com a inscrição bytdwd, (byt casa dwd David). Em 1996, foi descoberta a inscrição de Ecrom (Tel Mikné) contendo o nome da cidade filisteia de Ecrom e uma lista dos seus reis. Em 1998, foi descoberta a Sinagoga de Jericó datada do ano 75aC. Em 2001, foi descoberta a Estrela de Joás, rei de Judá. Em 2007, foi encontrado o túmulo de Herodes.
Também recentemente foram encontradas a cidade de Caná da Galileia e o Tanque de Siloé, mencionados no Evangelho de João (João. 2 e 9).
Arqueólogos israelitas anunciaram em 22 de Dezembro de 2004 a descoberta, na Galileia, do lugar onde estava localizada a aldeia de Caná, citada na Bíblia como o local onde Jesus realizou o seu primeiro milagre, transformando água em vinho durante um casamento (Jo. 2:1-11). Curiosamente foram encontrados no local jarros de pedra do mesmo tipo e da mesma época dos usados no milagre efectuado por Jesus. A descoberta incluí ruínas de mais de um metro e meio de altura que datam das épocas helenísticas, romana e bizantina na Terra Santa. Pedras talhadas e utensílios caseiros foram desenterrados no local a uma profundidade de quase dois metros.
Caná, local muito provável das bodas.
Em Janeiro de 2005, dias depois de descoberta da Caná bíblica, foi a vez do Tanque de Siloé, outra referência a um milagre de Jesus no Evangelho de João (João 9), ter sido encontrado. Uma equipe de arqueólogos descobriu em Jerusalém vestígios da pedra que seriam a Piscina (Tanque) de Siloé, onde um homem cego foi-se lavar sob a orientação de Cristo e voltou vendo (João 9:7). A piscina fica no bairro árabe de Siloé. Durante os trabalhos, que duraram seis meses, eles descobriram que o tanque tem 50 metros de comprimento e era abastado por um canal vindo da Fonte de Siloé. A piscina de pedra tem degraus de acesso por todos os lados

SODOMA E GOMORRA

Lot, o sobrinho de Abraão, deixou o patriarca para ir instalar-se em Sodoma. Esta cidade fazia parte de um conjunto de cinco metrópoles em que a decência moral era de tal ordem que foram destruídas pelo fogo diante dos olhos de Abraão, que se encontrava nas colinas de Hebron (Gén. 19). Há já muito tempo que os especialistas tentavam localizar Sodoma, Gomorra e as outras três “cidades da planície”. A tradição situava-se no extremo Sul do Mar Morto. Embora a superfície desta região fosse insuficiente para cinco cidades com os campos necessários à sua subsistência, esta tradição só foi posta em causa muito recentemente.
Mergulhadores tentaram examinar o fundo do Mar Morto. Por causa da forte densidade da água, tiveram que utilizar pesos suplementares nos seus fatos de mergulho. O único resultado que conseguiram foi ficarem com o equipamento estrado devido à água salgada. Não encontraram nada.
As cinco cidades.
Bab Edh-Dhra
Nos anos 60 e 70, foram realizadas escavações perto de Bab Edh-
Dhra, ligeiramente a Leste do Mar Morto. Esta cidade cobria uma superfície de quatro hectares e estava rodeada por uma muralha de sete metros de espessura.
Foram ali encontrados restos de casas, de portões e de templos que datam de meados do terceiro milénio antes da nossa era. O lugar parece ter sido destruído por um gigantesco incêndio por volta de 2300 a.C. Perto da cidade foi encontrado um enorme cemitério contendo centenas de milhar de corpos. É a maior necrópole da Antiguidade encontrada na Palestina.
Bab Edh-Dhra
No decurso das expedições arqueológicas modernas, as zonas que rodeiam o local onde se efectuam as escavações são objecto de um estudo pormenorizado. Tenta-se compreender o papel político e económico que, no passado, aquele local possa ter desempenhado na região. Ao examinarem a região de Bab Edh-Dhra, os arqueólogos descobriram muito poucos lugares interessantes. Isso deve-se, provavelmente, ao clima desértico tórrido, em que temperaturas da ordem dos 49º C não são raras no Verão. Entre os lugares de descobertos, quatro datam da mesma época que Bab Edh-Dhra. Mas existem anda outras analogias. As cinco cidades estavam construídas junto à mesma formação geológica e dominavam a planície que circunda o Mar Morto. Situavam-se perto de ribeiros alimentados todo o ano pela água proveniente das montanhas situadas a Leste. Todas possuíam cemitérios como o de Bab edh-Dhra. Todas apresentavam indícios de uma destruição repentina. Os objectos de barro encontrados nos cinco lugares são muito parecidos, embora sejam diferentes dos outros estilos de vasos encontrados na Palestina. É evidente que existiam, no passado, laços estreitos entre estas cinco localidades.
Vaso encontrado em Bab Edh-Dhra
Parece bastante lógico identificar estas cinco cidades com as cinco “cidades da planície” do relato de Génesis. Em duas destas cidades, os arqueólogos descobriram outros indícios. Em Numeira, a segunda cidade, foi encontrada uma camada de materiais queimados com metro e meio de espessura. Mas a descobertas mais espectacular foi certamente a de dois esqueletos soterrados debaixo das pedras de um muro caído, como se as vítimas tivessem sido surpreendidas por uma destruição repentina tal como a descrita pelo relato bíblico.
Outras surpresas esperavam os arqueólogos. Descobriram vestígios de duas destruições consecutivas. Ao lermos Génesis 14 e 19, constatamos que isso se enquadra bem com o relato bíblico. Em Génesis 19, podemos ler o relato da catástrofe final que se abateu sobre estas cidades, e da qual dá testemunho a espessa camada de cinzas em Numeira. Génesis 14 relata a tomada destas cidades depois de uma batalha contra reis vindos do Norte. Esta batalha não teve lugar dentro das muralhas, mas, se os habitantes tiveram sido feitos prisioneiros, como nos diz a Bíblia, estas cidades terão, pelos menos, sido parcialmente destruídas. A primeira destruição, revelada pelas escavações deveu-se, provavelmente, aos acontecimentos descritos em Génesis 14.
Um dos colaboradores que trabalharam em Bab Edh-Dhra era geólogo e deu uma contribuição notável para as pesquisas. Ele constatou que na época da destruição das cidade, um violento tremor de terra deve ter sacudido a região e feito subir os arredores da cidade uma vintena de metros. É impossível provar cientificamente que este tremor de terra teve lugar no momento da destruição destas cidades, mas, visto que a Bíblia atribui esta destruição a causas sobrenaturais, temos todos os motivos para crer que os dois acontecimentos se produziram simultaneamente. Dispomos de indícios espectaculares que confirmam a destruição súbita e total das “cidades da planície”.
Muitos teólogos nunca levaram a sério os relatos de Sodoma e Gomorra. Acreditavam que eram fruto da imaginação dos autores hebreus, sem qualquer base histórica. Hoje, temos que ter em conta as descobertas feitas em Bab Edh-Dhra e noutros lugares da região. Todos os elementos que os arqueólogos puderam verificar correspondem aos dados bíblicos. O facto de essas cidades serem as “cidades da planície” confirma a fiabilidade da Bíblia.

Os Amuletos de Ketef Hinnon

...Pois ali Jeová ordenou [que estivesse] a bênção,  Salmo 133.3

Dentre as descobertas enumeradas pelo arqueólogo Walter Kaiser como sendo as dez mais importantes da arqueologia Bíblica, destacaremos os Amuletos de Ketef Hinnon.

Os chamados Amuletos de Ketef Hinnom são, na realidade, dois rolos de papel de prata minúsculos provavelmente usados como amuletos em volta do pescoço, achados na câmara funerária 25 da caverna 24 de Ketef Hinnom (em hebraico: 'ombro de Hinom', um sítio arqueológico localizado numa colina com vista para o Vale de Hinom, a sudoeste da Cidade Velha de Jerusalém). Foto abaixo:


O Vale de Hinom é citado pelo menos 11 vezes na Bíblia nos livros de Josué (15.8; 18.16), 2 Reis (23.10), 2 Crônicas (28.3; 33.6), Neemias (11.30), e Jeremias (7.31,32; 19.2, 6; 32.35).

Entre 1975 e 1980, Gabriel Barkay descobriu alguns sepulcros em Ketef Hinnom com uma série de câmaras fúnebres de pedras talhadas apoiadas em cavernas naturais. O local parecia ser arqueologicamente estéril e tinha sido usado para armazenar armamento durante o período otomano. A maior parte daqueles sepulcros havia sido saqueada, mas felizmente o conteúdo de Câmara 25 foi preservado devido a um aparente desabamento parcial do teto da caverna, ocorrido muito tempo antes.

O sepulcro 25 continha restos de esqueletos de 95 pessoas, 263 vasos de cerâmica inteiros, 101 peças de joalheria, entre elas 95 de prata e 6 de ouro, muitos objetos esculpidos em osso e marfim, e 41 pontas de flechas de bronze ou de ferro. Além disso, havia dois pequenos e curiosos rolos de prata.

Admitiu-se que esses rolos talvez contivessem alguma inscrição. Ao serem cuidadosamente desenrolados por especialistas do Museu de Israel, foi encontrado um texto com antiga escrita hebraica, decifrada com alguma dificuldade. O processo ultradelicado, desenvolvido para abrir os rolos de papel sem que o mesmos se desintegrassem, levou três anos. Quando os rolos foram finalmente abertos e limpos, descobriu-se que a inscrição continha porções de
 
Números 6:24-26:
"Jeová te abençoe e te guarde.
Jeová faça que sua face te ilumine e te favoreça.
 Jeová levante sua face para ti e te designe a paz.”’

 A maior placa contém 18 linhas de escrita legível e mede 97 x 27 mm, a menor apenas 39 x 11 mm (imagem abaixo): A bênção citada no Livro de Números era recitada pelos sacerdotes do templo, quando a congregação se reunia, mas aqui encontra-se em formato para uso individual.
Esta inscrição é uma das mais antigas e melhor preservadas contendo o nome do Deus Israelita: YHWH ou Jeová. Breve como são, eles classificaram como os mais antigos textos preservados da Bíblia, datando cerca de 600 anos a.C.

A Bênção Sacerdotal: uma bênção linda, no excelente estilo poético semita e cheia de uma mensagem muito necessária àqueles que enfrentavam as incertezas e forças hostis da vida no deserto.

"Jeová te abençoe e te guarde - Fala da bondade de Deus e na proteção do Seu povo.Quando um indivíduo ou nação se tornam objeto do favor divino, o infortúnio, a fome, o perigo ou a espada só servem para provar o quanto o Senhor ama Seus filhos, e como é capaz de libertá-los.

Faça resplandecer o Seu rosto
- uma expressão tipicamente hebraica. Quando o semblante de uma pessoa resplandece (Pv 16.15), está cheio de felicidade; mas quando o seu rosto está cheio de sombras, é evidente que o mal e o desespero se apossaram de sua alma (Jl 2.6).

E te dê a paz
- paz (hb.Shalom) significa estar completo, sem nada faltar e recebendo tudo que é necessário para uma vida plena (cf. Ml 2.5 "Minha aliança com ele foi de vida e de paz, e eu lhas dei para que temesse; então temeu-me, e assombrou-se por causa do meu nome.") Essa paz inclui a esperança de um futuro ditoso: Jr 29.11 "Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Jeová; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais."

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ACHADOS ARQUEOLÓGICASO LEVAM CIENTISTAS A RECONHECER A BÍBLIA COMO TENDO BASE HISTÓRICA




Textos de Balaão – Fragmentos de escrita aramaica encontrados em Tell Deir Allá, que relatam um episódio da vida de "Balaão filho de Beor" e descrevem uma de suas visões – indícios de que Balaão existiu e viveu em Canaã, como afirma a Bíblia no livro de Números 22 a 24.


Obelisco negro e prisma de Taylor – Estes artefactos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro traz o desenho do rei Jeú prostrado diante de Salmaneser III oferecendo tributo a ele. O segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.



Inscrição de Siloé – Encontrada acidentalmente por algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé. Essa antiga inscrição hebraica marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Ezequias, conforme o relato de 2 Crónicas 32:2-4.


Selo de Baruque – descoberto em 1975, provando a existência do secretário e confidente do profeta Jeremias.


Palácio de Sargão II – Descoberto em 1843, o palácio de Sargão II, rei da Assíria, pôs fim a negação de sua existência, conforme mencionado em Isaías 20:1.



Tijolo babilónico que traz nome de Nabucodonosor – O achado arqueológico traz a seguinte inscrição em cuneiforme: "(eu sou) Nabucodonosor, Rei de Babilónia. Provedor (do templo) de Ezagil e Ezida; filho primogénito de Nabopolassar”. Vale notar que por muito tempo se afirmou que a cidade da Babilónia era um mito – e muito mais lendário ainda seria o rei Nabucodonosor.

As 10 maiores descobertas da Arqueologia Bíblica

O arqueólogo Walter Kaiser enumera as seguintes descobertas como sendo as dez mais importantes da arqueologia Bíblica:

1. Os amuletos de Ketef Hinnon, contendo o mais antigo texto do Antigo Testamento (séc. VII a.C.);

2. O Papiro John Rylands, contendo o mais antigo texto do Novo Testamento (125 A.D.);

3. Os manuscritos do Mar Morto;

4. A pintura de Beni Hasan, revelando como era a cultura patriarcal 19 séculos antes de Cristo;

5. A estrela de basalto de Dã, descoberta em 1993, que provou, sem sombra de dúvidas, a existência do rei Davi;

6. O tablete 11 do épico de Gilgamés, descoberto, em 1872, por George Smith, que provou a antigüidade do relato do dilúvio;

7.
O tanque de Gibeão (mencionado em 2 Samuel 2:13 e Jeremias 41:12), descoberto em 1833, por Edward Robinson;

8. O selo de Baruque, descoberto em 1975, provando a existência do secretário e confidente do profeta Jeremias;

9. O palácio de Sargão II, rei da Assíria mencionado em Isaías 20:1, descoberto em 1843, por Paul Emile Botta, de cuja existência os
historiadores seculares duvidavam até essa descoberta;

10. O obelisco negro de Salmaneser.