sexta-feira, 29 de julho de 2011

607 AEC

Eventos

Em 607 a.C. (outras fontes dizem 605 a.C) Nabucodonosor II venceu o faraó Neco II na batalha de Carquemish, porquanto, o reino de Israel que estava sob domínio do Egito passou a ficar sob o domínio babilônico dando assim início a desolação de Israel (que durou 70 anos de acordo com a bíblia). Essa desolação inclui a servidão de Israel a Babilônia (como vassalos) acrescido do período de cativeiro de 50 anos que ocorreu após Israel se rebelar. Contando 70 anos desde 607 a.C. chegamos a data de 537/8 a.C, ano em que o rei Ciro libertou os israelitas do cativeiro. Isso significa que a o relato bíblico de harmoniza com os achados arqueológicos.

Segundo as Testemunhas de Jeová, este foi o ano em que Nabucodonosor II, da Babilónia, conquistou a cidade de Jerusalém, pondo fim ao reino de Judá, o qual foi integrado no Império Neo-babilónico.
Segundo a sua perspectiva cronológica, crêem que foi neste ano que Jerusalém e o Templo de Salomão foram destruídos, resultando no desaparecimento da Arca da Aliança e da deportação em massa dos judeus para Babilónia. Crêem assim que se iniciou neste ano um período literal de "setenta anos" de Exílio judaico em Babilónia. Os seus cálculos baseiam-se essencialmente na historicidade da data de 539 a.C., ano em que os medos e persas, sob o comando de Ciro, o Grande, conquistaram Babilónia. Esta última data para a conquista de Babilónia pelo Império Persa é aceite tanto pelos historiadores como pelas Testemunhas de Jeová.
O decreto que autorizou o retorno dos judeus à sua pátria ocorreu, segundo a Bíblia, no "primeiro ano de Ciro", isto é, na Primavera do ano 538/537 a.C.. No Outono de 537 a.C., os judeus exilados já haviam retornado a Jerusalém. O período profético dos "setenta anos" referido no livro bíblico de Jeremias (25:11; 29:10), é tomado literalmente pelas Testemunhas como a duração total do Exílio Babilónico que, tendo terminado em 587 a.C. teria tido o seu início em 607 a.C.. Esta interpretação não é aceita pelos historiadores por contrariar todas as evidências históricas conhecidas, que situam a destruição de Jerusalém e seu Templo numa data vinte anos posterior, ou seja, em 587 a.C./586 a.C.. As Testemunhas de Jeová dão bastante importância ao ano de 607 a.C. visto que o fixam como ponto de partida para a sua interpretação de outra profecia bíblica que, segundo afirmam, teria o seu cumprimento em 1914, já no Século XX.
Mais detalhes...
Historiadores seculares, confiando na sua interpretação daquilo que em alguns casos são fragmentos de tabuinhas desenterrados por arqueólogos, concluíram que 464 AEC foi o primeiro ano do reinado de Artaxerxes Longímano, e que 604 AEC foi o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor II. Se isso fosse correto, então o 20.° ano de Artaxerxes começaria em 445 AEC, e a data da desolação de Jerusalém pelos babilônios (no 18.° ano de reinado de Nabucodonosor) cairia em 587 AEC. Mas, se alguem que estuda a Bíblia usar essas datas ao calcular o cumprimento de profecias, ele simplesmente ficará confuso, e pouco entenderá.
As Testemunhas de Jeová se têm interessado nos achados dos arqueólogos conforme se relacionam com a Bíblia. No entanto, quando a interpretação desses achados entra em conflito com aquilo que a bíblia diz de forma clara, as testemunhas de Jeová aceitam com confiança aquilo que as Escrituras Sagradas dizem, quer em questões relacionadas com a cronologia, quer com outro tópico. As Testemunhas de Jeová já por muito tempo reconhecem que o período profético que começou no 20.° ano de Artaxerxes deve ser contado a partir de 455 AEC, e, assim, que Daniel 9:24-27 aponta fidedignamente para o outono setentrional do ano 29 EC como o tempo do batismo de Jesus como o Messias. Também entendem que a profecia de Daniel, capítulo 4, a respeito dos “sete tempos”, começou a contar em 607-606 AEC e que ela fixava o outono de 1914 EC como o ano em que Cristo foi entronizado no céu como Rei reinante, e em que este mundo entrou no seu tempo do fim. Mas eles não teriam discernido esses cumprimentos emocionantes de profecia se tivessem se baseado na sua confiança própria ou nas descobertas em alguns casos, incertos de tábuas que deixam a desejar. Outrora se baseiam na inspiração das Escrituras Sagradas.

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