sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tradução do Novo Mundo

Fundamentos da tradução


Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, versão com Referências
Na sua Introdução, a edição de 1986 da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, considerada pelas Testemunhas uma edição mais completa e adequada ao estudo do texto bíblico, expressou a preocupação dos tradutores da seguinte forma:
"Na Tradução do Novo Mundo fez-se empenho de captar a autoridade, o poder, o dinamismo e a franqueza das originais Escrituras Hebraicas e Gregas, e transmitir estas características em português moderno. Não se apresentam paráfrases das Escrituras. Antes, houve empenho de fazer a tradução o mais literal possível, tanto quanto permite o moderno português idiomático e quando a tradução literal não oculta o sentido pela dificuldade de expressão. Assim se satisfaz o desejo daqueles que são escrupulosos quanto a obter uma declaração quase que palavra por palavra do texto original. Reconhece-se que mesmo uma questão aparentemente tão insignificante como o uso ou a omissão duma vírgula, ou dum artigo definido ou indefinido, pode às vezes alterar o sentido correto da passagem original. Evitou-se tomar liberdades com os textos apenas com o fim de ser mais conciso, ou substituí-los por algum paralelo moderno quando a tradução literal do original tem sentido claro. Manteve-se a uniformidade de tradução por atribuir um só sentido a cada palavra principal e por reter este sentido tanto quanto o contexto permitiu. Isso às vezes impôs limitações à escolha de palavras, mas ajuda nas remissões e na comparação de textos relacionados."
Na Introdução informa-se ainda qual a fonte padrão para o texto da Tradução, conforme se segue:

Texto hebraico

O texto hebraico massorético, usado na preparação do texto das Escrituras Hebraicas é o Códice de Leningrado B 19A, conforme apresentado na Bíblia Hebraica de Rudolf Kittel (sigla BHK), na 7ª, na 8ª e na 9ª edição (1951-55). Uma actualização desta obra, conhecida por Bíblia Hebraica Stuttgartensia (sigla BHS), Edição de 1977, foi usada na sua actualização e no sistema de notas da Edição de 1984.

Texto grego

O texto grego padrão usado na preparação das Escrituras Gregas Cristãs (ou Novo Testamento) é o do O Novo Testamento no Grego Original, dos eruditos bíblicos Brooke Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort (reimpresso em 1948, originalmente publicado em 1881). Também foram consultados os textos gregos de Bover, de Merk, da Sociedades Bíblicas Unidas (sigla UBS), de Nestle-Aland e de outros. Usualmente, as transliterações da Septuaginta Grega (sigla LXX), foram baseadas no texto de Alfred Rahlfs, Deutsche Bibelgesellschaft (Sociedade Bíblica Alemã ), Stuttgart, 1935. Outras fontes gregas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

Texto siríaco

É usada a Siríaco Peshitta, S. Lee, Edição de 1826, reimpressa pelas Sociedades Bíblicas Unidas (UBS), 1979. O seu texto foi traduzido do hebraico, no Século II EC e era o Texto-padrão dos cristãos sírios. Peshito, que significa "simples", "vulgar" ou "comum". Posteriormente, foi feita uma revisão do texto usando a Septuaginta Grega. Outras versões siríacas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

Texto latino

A edição da Vulgata Latina (sigla Vg) usada é a Bíblia Sacra, Iuxta Vulgatam Versionem, Württembergische Bibelanstalt, Stuttgart, 1975. Existem cerca de 8 mil manuscritos da Vulgata Latina. Esta tradução bíblica foi feita no ano 404 EC por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I. Tornou-se na Bíblia oficial da Igreja Católica durante toda a Idade Média, na Europa Ocidental. Outras versões latinas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

Livros deuterocanónicos e Apócrifos

Os livros que a Igreja Católica chama de livros deuterocanónicos ("segundo Cânone" ou "Cânone posterior" ) e as adições aos livros bíblicos de Daniel e Ester (chamados de protocanónicos, "primeiro Cânone"), são considerados pelas Testemunhas de Jeová como livros não canónicos, ou seja, escritos apócrifos. Porém, reconhecem valor histórico aos livros de I Macabeus. Veja também os artigos Bíblia, Cânon Bíblico e Apócrifos.

Uniformidade de tradução

A Tradução do Novo Mundo possui uma característica particularmente interessante que a torna uma referencia para Eruditos e estudiosos dos idiomas originais. Termos que são vertidos de diferentes maneiras em outras traduções da Bíblia é vertido sempre pelo mesmo termo nesta tradução. Por exemplo, a palavra alma do hebraico nephesh sempre vertida por "alma" em português e a palavra grega equivalente e que ocorre no chamado Novo Testamento a saber, psy.khé,também sempre vertida "alma".
O Tetragrama YHVH que aparece 6,828 vezes nas Escrituras Hebraicas ou V.T, foi vertido por Jeová não apenas no Salmo 83:18 como o fazem algumas versões, como por exemplo, a tradução João Ferreira de Almeida. Ao passo que nos outros milhares de lugares em que o Nome Divino aparece, a Almeida decidiu verter o Nome Divino por outros termos substitutos, a tradução do Novo Mundo verte o Tetragrama pelo Nome Jeová em todos os lugares onde aparece nos Manuscritos hebraicos.
Observa-se a mesma uniformidade ao se verter a palavra hebraica "sheol" equivalente do grego "hades", o que contribui para que não se obscureça o sentido intencionado do escritor inspirado ao usar tais palavras. Estes são exemplos onde manteve-se a uniformidade de tradução por atribuir um só sentido a cada palavra principal e por reter este sentido tanto quanto o contexto permite.

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